tag:blogger.com,1999:blog-51257624738622067152024-03-04T21:57:27.360-08:00IN HOC SIGNO VENCISO Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-5125762473862206715.post-71620283325269364492019-08-05T14:10:00.000-07:002019-08-05T14:10:45.019-07:00"Dans le Café de la Jeunesse Perdue"<div style="text-align: justify;">
<img alt="Mulliganâs of Poolbeg Street, Dublin in March 1953: Billy Brooks Carter of Texas loved Mulliganâs so much he requested some of his ashes be kept in the grandfather clock. Every eight days, the staff âwind up Billyâ" src="https://www.irishtimes.com/polopoly_fs/1.2668557.1464777909!/image/image.jpg_gen/derivatives/box_620_330/image.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há vidas extraordinárias, outras que nada têm de digno ou brilhante, enquanto que muitas são apenas isso, existem, arrastam-se na sua banalidade ébria, nunca estando bem, nem aqui nem ali, nesse contentamento descontente... Vivem?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas todas se encontram, de um modo ou de outro, de comboio agasalhados num livro, de carro</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">embalados pelo canto do mar, ou sós, pelos passos perdidos entoados nas calçadas que para lá caminham.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entro...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O fumo ascende em espirais, o cigarro descansa no cinzeiro do balcão consumindo-se como um passar de vida lento e escuro. Olhares de esperança vã cruzam-se a medo na penumbra que os vai acolhendo em cada final de tarde frio, final... Os copos, grossos, altos, baços do uso e da gordura das mãos que os levantam em compassos rítmicos apurados e ensaiados por dias com anos dentro de não ter conta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gargalhadas ousam ecoar, esporádicas, espaçadas, distorcidas do ambiente que as envolve, soturno,</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">denso do mesmo fumo que os abraça, difusos ao início de cada noite.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conversas cruzam-se nesse ar, falares sussurrados, confidências e discussões em línguas proibidas e</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">gastas como as bocas que as entoam... cânticos religiosamente ensaiados, melodias passadas, hinos, são carregados pela pauta da noite que chegou e pediu um copo também.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Daqui não levas nada... para cá, trazes tudo e de tudo deixas no banco alto a teu lado ou no fundo do copo que entornas por ti numa solidão assistida de consolo fugaz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não esqueces, descansas... não perdeste a tua vida, nem os problemas que ela tem, não desapareceram na espuma espessa do liquido negro que te alivia a alma, nem tão pouco no fumo que enche a divisão do cheiro acre que já não sentes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Elas voltam... voltam sempre, tristeza e solidão abraçadas num compasso de dança em teu redor,</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">observadas pelo medo que traga dum copo médio o liquido amarelo que o alimenta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todos pertencemos aqui, eu, tu, todos, os que sabemos, os que já soubemos e mesmo aqueles que nunca vão saber...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há noites assim... vamos bebendo, conversando enquanto o fumo dos cigarros se evapora no ar... e a música é cantada em tons lentos... mas a lucidez não nos deixa, nem o álcool inebria ao ponto de... nos perdermos... perdemos sempre...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há noites assim... não sei se são boas ou más, são o que são tal como a vida é o que é...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="m_4427257819669757736p1" style="text-align: justify;">
<span class="m_4427257819669757736s1" style="background-color: black;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A euforia não chega, a alegria não aparece, a vida mantém-se, os sentidos viajam... estás... revisitas sítios e momentos que já não existem, que não tens, esses bancos de bares de canto, felizes na sua sujidade escura, vazios agora, sós... como nós... ruas, esquinas, até casas de banho de ocasião, do momento que recordas em flash, vazias, frias, mas as memórias ficam, sempre... quartos de hotel, restaurantes... dias, noites entre sonhos e realidade... sonhos...</span></span></div>
<div class="m_4427257819669757736p1" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="m_4427257819669757736p1" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E depois... um olhar, um raio castanho de luz que envolve, que te cerca, por meio do nevoeiro em cortina de fumo, a esperança tímida nesse esgar que julgas não merecer... será...</span></div>
<div class="m_4427257819669757736p1" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="m_4427257819669757736p1" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Título pedido de empréstimo do livro com o mesmo nome de Patrick Modiano)</span></div>
O Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5125762473862206715.post-24588043801288965392018-09-23T06:07:00.001-07:002018-09-23T06:08:38.578-07:00Amor verus numquam cedit<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeO8hb5Y3nnuJoaByBZTASOpxNayrDWGsrdcFNxqbPLhLURK7SMWw-pUsAIu9ZP1OIWfixhjPIdGcJ7BJZqIjPq9nUiC5C-tqXi9r2QHF5uWS117Tfpb4Uhb4rXVixPYozIyeJ077nnIGq/s1600/IMG_1024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1168" data-original-width="1600" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeO8hb5Y3nnuJoaByBZTASOpxNayrDWGsrdcFNxqbPLhLURK7SMWw-pUsAIu9ZP1OIWfixhjPIdGcJ7BJZqIjPq9nUiC5C-tqXi9r2QHF5uWS117Tfpb4Uhb4rXVixPYozIyeJ077nnIGq/s320/IMG_1024.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
Há muito que já não deixava umas linhas neste local…<br />
<br />
Li e acabei nos últimos tempos dois livros que muito queria ler, conhecer e saborear. Livros que de alguma forma fizeram parte de um imaginário,
de um crescimento enquanto pessoa, sempre pela via da adaptação, fosse ela
cinematográfica ou animada, mas nunca a obra em si. Eram livros cujas traduções
que haviam para a língua de Camões, ou simplesmente não existiam ou eram más
e por isso tornaram-se ao longo dos anos projectos adiados à espera de se
cumprirem… e cumpriram.<o:p></o:p><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Tanto
os Três Mosqueteiros de Dumas como Drácula de Bram Stocker são clássicos
novecentistas da literatura europeia, obras magmas dos seus períodos mas não
chegando a ser obras maiores da literatura mundial. E a leitura de ambas, ao longo
dos últimos meses formou em mim essa mesma opinião. Gostei muito de os ler, não
me desiludiram em nada relativamente ás esperanças que neles depositava, mas
não serão, de longe, os melhores livros que já li, nem tão pouco obras de
literatura que acendam aquela chama em nós que os tornariam livros de uma vida.
Bem escritos, contam histórias muito bem imaginadas, cheios de detalhes e
condicionantes de época que por vezes se tornam verdadeiras delícias ou
preciosidades, devidamente contextualizadas. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Os
Três Mosqueteiros, romance de capa e espada de pueril juventude, transporta-nos
para o reinado de Luís XIII e do cardeal Richelieu, para os ecos recentes das guerras
de religião francesa dos inícios do século XVII, para o complicado xadrez
político europeu da época, onde as principais potências europeias se digladiavam
em guerras pelo controlo e influência na Europa… o mundo não mudou assim
tanto!!! Os feitos de bravura, a galanteria, passando por cenas de amor e ódio,
pontuam a obra, recheando um história por demais conhecida, mas que ainda
assim, nos surpreende em pequenos grandes detalhes que as adaptações não quiseram
ou não acharam importante transportar. Como diriam os ingleses -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>the devil is in the details…<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Quanto
a Drácula, é uma obra diferente, mais sombria, vitoriana, filha da sua época e
de viagens e contactos que o próprio autor terá tido investigando sobre o folclore
e a mitologia europeia. Em nada se assemelha, ou em muito pouco à aclamada
realização cinematográfica de Coppola no início da década de 90. Muito menos
sensual, muito menos romântica, no sentido e caminhos levados pelo filme. É
mais intimista e centrada no ser humano, na maldade e nos locais mais obscuros da mente.
Escrito em forma de diário não deixa de todo modo de se sentir a grande ligação
do autor ao mundo do teatro, nas falas e no exagerado dramatismo das mesmas em
certas partes do livro. Deliciosos os maneirismos linguísticos de Van Helsing,
ou de alguns estivadores ou dos camponeses romenos, bem como a presença constante
de um machismo descarado, típico da época.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Mas
até mais que a experiencia literária que um livro nos deixa, são as memórias
que deles e da sua leitura nos ficam, em associação com o nosso dia-a-dia e consequentemente
com a nossa vida… e essas são talvez gratas e eternas memórias… lembranças de
finais de dia mornos de Verão, acompanhados de quem amamos na Feira do Livro de
Lisboa, onde ambos foram comprados; uma bela sardinha que se tornou o mais querido marcador de livros que tenho; memórias de leituras solitárias numa
varanda iluminada por raios de sol poente, interrompidas pela voz de uma
criança linda que chega com a mãe da escola e chama o nosso nome em plenos
pulmões iluminando-nos a vida e trazendo um sorriso como só as crianças sabem
fazer; lembranças de noites de leituras partilhadas e entrecortadas pelos mais incríveis
momentos de paixão e partilha que um ser humano pode ter…<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Desta
forma sim, foram leituras memoráveis, que jamais vou esquecer e que anseio
repetir…</span></div>
O Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5125762473862206715.post-9399355541457641762013-08-24T03:50:00.000-07:002013-08-24T03:54:11.307-07:00sol lucet omnibus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMnd352ayPBAdsiVRSC01cuTnNk-aOZwraVbYvJDX_qbjM3fxgB-v7zeaF6YMfrBCacv1oF292C6XW00pyG2BmojIYtj1V0XOVSNrJ8pPydxnTfAzSXoycFI8Q5XltGd4Gp7g31S1-rqRy/s1600/Floresta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMnd352ayPBAdsiVRSC01cuTnNk-aOZwraVbYvJDX_qbjM3fxgB-v7zeaF6YMfrBCacv1oF292C6XW00pyG2BmojIYtj1V0XOVSNrJ8pPydxnTfAzSXoycFI8Q5XltGd4Gp7g31S1-rqRy/s320/Floresta.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center">
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Desde pequeno que me habituei a que os incêndios florestais durante o Verão fossem uma companhia constante nos meios de comunicação social.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas curiosamente ou talvez não, ao invés de com o passar dos anos, o aumento dos meios e dos conhecimentos, essa realidade ter tendência a ser atenuada, não o é. Bem pelo contrário, ano após ano a mesma farsa teatral, o mesmo uso inconsequente de meios e vidas tomam os seus papeis na perfeição para mais uma encenação, um pouco à laia daqueles filmes da industria de Hollywood que todos os anos, na época balnear, chegam ás salas de cinema para que os possamos ver, rir e não pensar em mais nada durante uma boa hora e meia de tempo perdido mas divertido...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas os incêndios nas florestas portuguesas não me dão vontade de rir, a morte de pessoas a combate-los muito menos, antes pelo contrário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como se não bastasse ver desaparecer, ano atrás de ano a nossa mancha florestal, que levará séculos a ser reposta, pois uma árvore não cresce de um dia para o outro, assistimos ao nosso jornalismo de eleição que com bastas provas dadas, continua a impingir a ideia de que o sol por obra e graça do espírito santo, com os seus longos raios toca ao de leve as árvores e as lança numa espiral de chamas demoniacas. Ou então, a segunda versão também é um clássico do chavão jornalistico, um bêbado, bandido, trôpego nos seus passos lançou uma beata ainda fumegante para um, cuidadosamente preparado, ajuntamento de caruma que instantaneamente entrou em combustão selvagem e em menos de uma hora temos um incêndio de 3 frentes a destruir uma serra inteira de área arborizada...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não, a industria da madeira, do papel, os interesses políticos e de grandes empresas em adquirir ou alterar zonas em áreas protegidas nada têm a ver com a vergonha nacional que são os incêndios florestais que se repetem todos os anos. Rigorosamente nada a ver! Falar nisso são devaneios de gente desocupada que com a sua mente pérfida cria a torto e a direito teorias da conspiração que não têm ponta por onde se lhe pegue... Só temos o grande azar de ter muito sol e muitos bêbados a deambular pelas nossas florestas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para finalizar uma palavra de apreço para as instituições que têm cuidado das nossas áreas florestais pelos muitos anos de péssimas opções de (re)florestação com a introdução constante de tipos de árvores que pouco têm a ver com a nossa realidade mediterrânica e com as nossas específicidades atlântica em detrimento das nossas espécies autoctones que de á séculos cobrem de verde o nosso país. Obviamente que isto nada tem a ver com interesses instalados ou pura ignorância dos nossos excelsos governantes que nem a diferença entre um carvalho (<em>Quercus faginea</em>) e um pinheiro (<em>Pinus pinaster</em>) sabem...</div>
O Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5125762473862206715.post-54616253909631431482013-06-02T12:56:00.000-07:002013-06-02T12:56:27.238-07:00SPQL senatus populusque lusitania<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjblw7kPPIH1u2lAuFaa7vsvxQopMVeqfhbIMBJSOqq6igp04trawpOYrSrlK4NsuOcnBo1mc71GRIL7D3oHRDLnAq4PQZE9Km8DG1sqpc5bJfgdI_XpPykGNt9nLioZoqKHwblNqg7M6_W/s1600/Pastrana+patestries+Afonso+V+pormenor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjblw7kPPIH1u2lAuFaa7vsvxQopMVeqfhbIMBJSOqq6igp04trawpOYrSrlK4NsuOcnBo1mc71GRIL7D3oHRDLnAq4PQZE9Km8DG1sqpc5bJfgdI_XpPykGNt9nLioZoqKHwblNqg7M6_W/s320/Pastrana+patestries+Afonso+V+pormenor.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tapeçarias ditas de Pastrana - Pormenor D. Afonso V</td></tr>
</tbody></table>
<div align="center">
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
39 anos!</div>
<div style="text-align: justify;">
Passaram 39 anos. Daqui por uns tempos estarão a comemorar tantos anos de vitoriosa democracia como aqueles que se passaram em cinzenta ditadura. Estarão, aquando dessa efeméride, no mesmo tom inflamado a gritar nas mesmas ruas em baixa definição, pessoas já elas cinzentas, 25 de Abril Sempre, Fascismo Nunca Mais...</div>
<div style="text-align: justify;">
Para os do costume, estarão de foicinha e punho, chavão fácil na boca, a atirar se por acaso estaríamos melhor na tristonha ditadura desses idos de Portugal a preto e branco?!</div>
<div style="text-align: justify;">
E eu não percebo!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A democracia já viveu o suficiente para ser responsabilizada pelos seus actos. A ditadura já o foi, agora deve ser objecto de estudo, sério, para na paleta não ser nem branca, a contento de uns, nem preta, a vontade de outros, mas sim tecida naqueles tons de cinzento, nítidos para que quem a olhe a possa ler em alta definição e não apenas nas convenientes nuances que têm feito o deleite e a cartilha da esquerda nacional.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A ditadura será sempre somente fascista e opressora na pena afiada dos vencedores de Abril, tal como o papão será sempre o Dr. Salazar, o "botas", que vem trôpego e muito velhinho naquele tom bafiento enviar as pessoas para Caxias... buuuuhhhhh. Afinal quem entretece a história, quem a escreve no imediato, quem a lança na linha da frente da propaganda, são os vencedores.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
D. Sebastião será, provavelmente para sempre, aquilo que os cronistas e apoiantes de Filipe II de Espanha quiseram que ele fosse... morto, vivo, com vergonha de regressar, maricas, aleijadinho ou com deficiências e incapaz de governar, louco... </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
António de Oliveira Salazar também. Não foi de certo o anjo salvador e redentor, mas não terá sido o demónio sanguinário dos Rosas e pandilha...</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
D. Carlos foi o gordo, que se ria da miséria do povo, déspota ao estilo do antigo regime, que só sabia comer e caçar, um asno ignorante, um fraco que apenas governou porque a monarquia impunha a hereditariedade... D. Carlos só foi pintado assim pela propaganda vencedora do partido republicano... por mais ninguém...</div>
<div style="text-align: justify;">
Passados mais de 100 anos da sua morte se calhar já o conseguimos, hoje, "pintar" nuns tons de verdade. Até já teve a graça de ser presenteado nessa Vila que ele adorava e onde era adorado com uma estátua, a olhar o mar...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas falta cumprir Abril...</div>
<div style="text-align: justify;">
Lamentavelmente não consigo concordar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Abril cumpriu-se, consumou-se em pleno para quem o fez, para quem dele reclamou o triunfo, aclamado e transportado em ovação. Mas porque a generalização normalmente conduz ao erro, talvez não se tenha cumprido para todos os que o fizeram ou a ele se colaram, mas cumpriu-se para os generais (capitães na época) de Abril, para os Soares, Almeidas, Sampaios, Cavacos, Santanas, Socrates, Barrosos e tantos outros patetas alegres que de nulidades assumidas passaram a pais fundadores de uma nação inventada que não se cumpre nem se constrói.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Algo mudou, claro que sim. Coisas que hoje damos por adquiridas e não o eram á 50 anos. Mas se até o Estado Novo legou algumas coisas boas á posteridade, quase quatro decénios de liberdade e democracia também teriam de legar.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Foram quase 39 anos de apatia política, de falta de responsabilidade social, de ignorância democrática que conduziram ao que hoje conhecemos, vivemos e criticamos... mas a democracia não se constrói na rua, não se aprende atrelado aos sindicatos nem ás máquinas partidárias, nem com comentadores que foram governo, que foram presidentes de câmara, que foram filósofos, que voltaram a ser governo para de novo serem comentadores e que nos conduziram a todos a onde estamos agora. Transversalmente da direita á esquerda o sistema está demente, podre, bafiento e nem foi preciso cair da cadeira... aliás não caiu!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A mesma corja de políticos incompetentes, gananciosos, ávidos da coisa pública para proveito próprio que se apoderou do poder com a revolução liberal nos anos 30 do século XIX, é a mesma que governa hoje o país. Foi a mesma que prevaleceu em 1910, é a mesma que fugiu ou colaborou em 1932, é a mesma que ascende de 1974. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Algo de muito mau se verifica quando quase duzentos anos depois se conseguem apontar as mesmas falhas á classe política de um país... Algo de inqualificável existe quando a única diferença entre ler sobre ela em Eça, Ramalho ou no Portugal Contemporâneo de Oliveira Martins e a realidade dos nossos dias, é a sua data de publicação...</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="userContent"> A memória curta, a par de alguns (muitos) outros defeitos, é um dos nossos mais graves problema com fundas raízes sociais. Chamo-lhe memória curta para não chamar ignorância consciente.<br />
Pior, a rápida condenação dos figurões políticos na praça pública é sempre seguida de uma ainda mais rápida absolvição. Imaturidade infantil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="userContent"> Aqueles que dizem que nos governam, governam-se a eles próprios não a nós. Por certo desconhecem que a res publica, era na sua origem e fundamento a "Coisa Pública". Aqueles que nela governam, são mandatados por todos para a gerir em prol de todos, não de si mesmos. Mas tão grave é quem lá está não o fazer, como quem lá os colocou não os saber lembrar disso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="userContent"> Não atravessamos apenas crises económicas, atravessamos essencialmente crises de valores, crises de Ser. Invertemos tudo. Quem deveria servir, mandatado para isso, ao invés serve-se e banqueteia-se no cadáver moribundo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="userContent"> E isto é o pior que uma democracia pode ter, uma sociedade incapaz de fazer escolhas conscientes e sustentadas! Uma sociedade incapaz de fazer escolhas. Só isso explica este rotativismo ignorante que implantámos na nossa peculiar agenda democrática depois de 1974. Começamos agora, tristes quase cinzentos na era digital, a querer despontar, a querer perceber... a querer pensar! Será???</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="userContent"> Só poderei optar conscientemente, só poderei minorar o erro na escolha se conseguir diminuir a margem de manobra do dito erro. Isso consegue-se com conhecimento. Quando tenho duas opções, mais possibilidades tenho de fazer uma boa escolha quanto mais conhecimento tiver reunido sobre as opções que estão a escolha! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
As opções de escolha que garbosamente nos fazem encher a boca republicana e democrática são falácias. Gritamos a plenos pulmões que não queremos uma monarquia moderna, constitucional, democrática, em Portugal porque a hereditariedade que lhe está subjacente é uma afronta á nossa liberdade de escolha, á nossa sacrossanta liberdade de escolher o nosso chefe de estado... </div>
<div style="text-align: justify;">
MENTIRA! A nossa liberdade de escolha eleitoral democrática não existe pois se a monarquia se verga ao peso basilar da hereditariedade, a democracia republicana verga-se ao número da maioria, ás máquinas dos partidos e dos grandes interesses e grupos económicos que os sustentam... Onde está a liberdade de escolha então? na letra da lei, na letra dos manuais pelos quais todos emprenhamos de promessas vazias, ocas e desmedidas, pelas quais hoje somos obrigados a dar tudo o que já não temos...</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Um país que se ignora nunca saberá viver em nada, seja Republica ou Monarquia, democracia ou ditadura. Se uns culpam o Estado Novo por ter desprezado a cultura e alfabetismo popular em detrimento de uma agenda de propaganda no enaltecimento desmesurado de períodos e personagens históricas, que condicionou de sobremaneira a historiografia nacional por largas décadas; outros não desculpam a agenda de massificação cultural e de desinteresse histórico que se verificou por largos anos no pós 25 de Abril. Se num primeiro momento encontramos a criação de mitos (muitos ainda hoje vão perdurando) e o endeusamento em cartilha da nossa história, no segundo momento encontramos o total desrespeito e indiferença pela história, tradições e cultura de um país com quase mil anos de existência... </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
De "pecado" em "pecado" ardamos pois no "inferno"...</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Se evoluirmos enquanto sociedade não teremos dificuldade em singrar qualquer que seja o regime que conscientemente se escolha. Não será de hoje para amanhã que essa mudança vai acontecer, levará tempo, mas para que se cumpra é preciso começar e para a começar é preciso largar de vez estes falsos lugares de conforto que todos, de um modo ou outro vamos ocupando e partir. Assumir o leme nesta nau que é Portugal e encetar a rota que nos leve ao encontro de nós mesmos, enquanto povo, nação, país, inseridos no mundo que nos rodeia mas conscientes de quem somos e das escolhas e caminhos que queremos perfilhar. Sabendo que poderemos ter que fazer sacrifícios, mas que esses são em nossa prol e não para que outros possam lucrar, sabendo que poderemos ter pouco ou nada mas que isso irá conduzir a algo melhor e não apenas a podermos contrair mais dívidas em mercados exteriores daqui por um ou dois anos. Sabendo quem somos, poderemos valorizar e usar o que temos.</div>
O Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5125762473862206715.post-62417915968322315892013-03-09T05:12:00.000-08:002013-03-09T05:12:57.523-08:00cruce signati<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC376R31Z0xJIEZKFTpb9xNWdMp0GBRYU-h_K3Me3XXyEFBFFOrOlsbWCbytcPeCA6pE-c8kY4fyiaPlGzzYwec-7ZfmhTMdV2Y-0lsaxxV_P8Iv-fU4al7oiep81jm-GWGmiCbI2H8LxP/s1600/Regras+e+Defini%C3%A7%C3%B5es+da+Ordem+e+do+Mestrado+de+Nosso+Senhor+Jesus+Cristo.+Valentim+Fernandes,+1504.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC376R31Z0xJIEZKFTpb9xNWdMp0GBRYU-h_K3Me3XXyEFBFFOrOlsbWCbytcPeCA6pE-c8kY4fyiaPlGzzYwec-7ZfmhTMdV2Y-0lsaxxV_P8Iv-fU4al7oiep81jm-GWGmiCbI2H8LxP/s200/Regras+e+Defini%C3%A7%C3%B5es+da+Ordem+e+do+Mestrado+de+Nosso+Senhor+Jesus+Cristo.+Valentim+Fernandes,+1504.jpg" width="126" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Regras e Definições da Ordem e do Mestrado de Nosso Senhor Jesus Cristo. Valentim Fernandes, 1504</td></tr>
</tbody></table>
<div align="center">
</div>
<div align="center">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Todos conhecemos ou pelo menos já
ouvimos falar da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de
Salomão, comummente designados por Templários. Esta ordem de monges
guerreiros, criada no século XII (1118) por um grupo de 8 cavaleiros
está inserida no espírito de Cruzada e recuperação dos lugares
santos que, desde a proclamação do papa Urbano II em
Clermont-Ferrand em 1095, animava a Europa medieval.</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Apesar da pouco importância dada pela
historiografia internacional ao movimento cruzadistico que ocorreu em
paralelo na Peninsula Ibérica, ele é inegável e tem tanta
importância como aquele que ocorria a Oriente. A provar isso mesmo
encontramos registo da implantação destas ordens militares por toda
a Peninsula logo após a sua criação. A ilustrá-lo temos a presença
Templária documentada desde 1126/28 em território do Condado.</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
A Ordem, prosperou, cresceu, enriqueceu
e acabou por atrair sobre si demasiadas atenções que acabaram por
lhe proporcionar a queda e extinção por toda a Europa. Em abono da
verdade, descobertas recentes, nomeadamente um estudo dos manuscritos
originais do processo, acabaram por comprovar o que há muito se
pensava, que a extinção dos Templários teve a ver unicamente com
questões de poder, financiamento e política e não com as heresias
de que foram acusados. Como curiosidade, a prisão colectiva de todos
os Templários franceses, incluindo o seu grão-mestre, Jacques de
Molay, foi um acontecimento de tal magnitude, na época, que ainda
hoje, o inconsciente colectivo, o relembra a cada Sexta-feira 13. O
facto deste dia ser considerado maldito e de azar tem a ver com isso
mesmo, o dia 13 de Outubro de 1307, uma Sexta-feira.</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Mas antes que me perca, pois o assunto,
e a minha eterna paixão por ele, presta-se a isso mesmo, continuo
esta pequena introdução que servirá para partilhar mais uma
curiosidade da história pátria.</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Após a extinção da Ordem do Templo
(1314), que acabou por ser alargada a todos os reinos cristãos da
Europa, apesar de na maioria deles terem sido considerados inocentes
de todas as acusações (como em Portugal), o papa deu indicação
para que os seus incontáveis bens e património passasse para a
Ordem de S. João do Hospital, também conhecidos por Hospitalários
ou a partir da época moderna (século XVI) por Ordem de Malta.</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Em Portugal, reinando D.Dinis, após a
extinção da Ordem, o rei criou a Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo
(em 1319 pela Bula Papal ad ea ex-quibus) de modo a que esta herdasse
tudo o que aos Templários pertencia, incluindo os
monges-cavaleiros...</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Apesar de pouco veiculada pela
historiografia nacional restam hoje poucas dúvidas de que a Expansão
Portuguesa foi em grande parte obra apenas possível graças aos
conhecimentos, vontade e recursos da Ordem de Cristo. Sem entrar em
muitos detalhes mas para que se perceba, D. João I foi educado por
D. Nuno Freire de Andrade, mestre da Ordem, o infante D. Henrique foi
empossado como Administrador e Governador pelo Papa em 1420; a
maioria dos descobridores eram cavaleiros e/ou escudeiros da Ordem de
Cristo, Gonçalves Zarco, Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama,
D. Francisco de Almeida, Afonso de Albuquerque, Pedro Álvares Cabral
ou D. João de Castro, só para citar alguns dos mais conhecidos; e coincidentemente ou
não, a reforma da Ordem, ordenada por D. João III e executada por
Frei António de Lisboa, que a torna puramente religiosa, lhe altera
a regra monástica e lhe impõe a clausura, coincide com o início do
declinio do Império e do projecto Imperial Português.</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Depois desta introdução alargada para
dotar o estimado leitor de algumas ferramentas históricas que sirvam
de referência, atrevo-me a dizer que toda a gente de um modo ou
outro conhece a simbólica e a imagética associada à Ordem de
Cristo, nomeadamente a sua Cruz. Quer por recriações e descrições
das caravelas e dos cavaleiros de Cristo, quer devido aos monumentos,
principalmente os erigidos durante o reinado de D. Manuel I, através
da Chancelaria das Ordens Honorificas da responsabilidade da
Presidência da Republica, quer através de clubes de futebol (Os Belenenses) ou
associações (Federação Portuguesa de Futebol).</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
A cruz de cristo, baseada na cruz pátea
templária, é originalmente uma cruz grega (isto é de braços
iguais), pátea, de vermelho, carregada de nova cruz grega de branco
(que terá como significado o renascer, sem mácula ou culpa da Ordem
do Templo. Poderão haver outras interpretações simbólicas).</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Pois bem, posto isto, questionei-me o
porquê de por vezes a cruz da Ordem de Cristo aparecer de alguma
forma transmutada, nomeadamente, em cruz latina, ou seja, com o braço
(ou haste) inferior a ter um comprimento desigual relativamente aos
outros três.
</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
A resposta é simples, curiosa e não
sem ironia mordaz...</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Como atrás referi, desde o infante D.
Henrique que a ordem de Cristo está ligada directa ou indirectamente
à Casa Real Portuguesa. D. Henrique era filho de D. João I, deste
passou para o infante D. Fernando (filho do Rei D. Duarte), irmão de
D. Afonso V, posteriormente, embora ainda não assumido totalmente
pela historiografia, poderá ter passado para a infanta Dª Beatriz,
mulher do anterior e depois para o seu filho mais novo e futuro rei
de Portugal, D. Manuel. Este, era Administrador e Governador da Ordem
quando, por testamento de D. João II, se tornou Rei de Portugal.
Durante o seu reindo acabou por conseguir do Papa, através da Bula
<i>constant fide,e</i> o titulo de Grão-Mestre e contou com esta
elite, que já trazia meio século de experiência acumulada nas
questões marítimas, de cruzada e descoberta do mundo, para
implementar o seu projecto imperial nos “quatro cantos” do globo.
Mas será já durante o reinado de D. João III que o título passará
em definitivo e <i>in perpetuum</i> para a Coroa portuguesa. A Bula
<i>praeclara clarissimi</i>, de 1551, torna os governo das Ordens,
incluindo a de Cristo, hereditário e apanágio da Coroa. Embora,
nesta altura, já pouco mais fossem que ordens religiosas e títulos
ocos e honoríficos.</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Com a perda da indepência, após o
deasaparecimento de D. Sebastião em Alcácer Quibir, Filipe, II
de Espanha, aclamado, curiosamente nas cortes de Tomar em 1581, Rei
de Portugal, herda também a Ordem de Cristo. Durante o seu reinado e
o de seu filho vai proceder a reformas na Ordem e será nestas
reformas que irá transformar a cruz grega de braços iguais na cruz
latina que anteriormente referi, fazendo gala, obviamente, em marcar
com essa simbologia toda a obra nova, que daí em diante se fizesse,
para além da legitimação e do aspecto de pertença, também por
toda a carga histórica e simbólica que a Ordem encerrava. Assim,
nas fachadas dos edificios, pertença da dita Ordem, que pelo novo
monarca foram renovados e/ou construídos, nos documentos e mesmo em
peças de ourivesaria o novo formato da cruz é implantado
amplamente.
</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Eu diria que este comportamento é
usual, quem chega de novo e se apropria de algo, quer, de um modo ou
de outro deixar o seu cunho, a sua marca, testemunho da sua presença
para a posteridade. O que são o dito estilo “manuelino”, e todas as campanhas de obras e restauros mandados fazer por D. Manuel, senão
uma forma de afirmação de alguém que chega ao trono por nomeação
testamentária e não por hereditariedade (obviamente que o estilo
“manuelino” não se resume a isso, mas é-o também).</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
Agora o curioso da questão é o que se
passa a posteriori. E para o ilustrar vou apenas fazer referência a
dois casos. A Federação Portuguesa de Futebol e, para mim a mais
grave, a própria Chancelaria das Ordens Honoríficas da República
Portuguesa a cargo de sua excelêcia o senhor Presidente da
República. Estas duas instituições usam a cruz da Ordem de Cristo
que se institucionalizou após as reformas de Filipe II e III de
Espanha. Não existe aqui uma verdadeira culpa, pois, na verdade
ninguém no reino, após a Restauração de 1640, até pela completa
perda de importância em que havia caído a Ordem, se importou em
devolver-lhe a sua simbologia original e convenhamos, portuguesa.</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Mas acho curioso que não se tenha o
cuidado de procurar saber, principalmente quando se trata de
instituições que representam o país ao mais alto nível, que tipo
de simbologia se está a usar e porquê. Pois no nosso passado estão
as nossas raízes, o nosso ser, e é irónico que a nossa Selecção
Nacional de Futebol jogue com um emblema ao peito que foi
institucionalizado por um rei espanhol, por uma “dinastia”
estrangeira que governou o país durante 50 anos apenas, um emblema
que na verdade só em nome se pode associar á ordem em questão; ou
que o Chefe de Estado distribua condecorações que têm a sua
simbologia ligada a um Rei estrangeiro (não é que isso tenha muita
importância quando o mesmo senhor não está atento ao içar a
bandeira nacional, deixando que seja colocada invertida).<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu4SejwKfwF_8oVYo1ESgLj9PeupNOtFE0dNuD9l2I16opSm0vU0Q3k5BVSsg4X25QKabVkZBKyYFB3I1FtytWW_Vjo0cVyvlIaX_GH6oHQuXSUef1dNK2WMVWcqav5ibsutiUSgUgMEPZ/s1600/Ordem+de+Cristo,+Condecora%C3%A7%C3%B5es..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu4SejwKfwF_8oVYo1ESgLj9PeupNOtFE0dNuD9l2I16opSm0vU0Q3k5BVSsg4X25QKabVkZBKyYFB3I1FtytWW_Vjo0cVyvlIaX_GH6oHQuXSUef1dNK2WMVWcqav5ibsutiUSgUgMEPZ/s200/Ordem+de+Cristo,+Condecora%C3%A7%C3%B5es..jpg" width="135" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Actuais Condecorações da Ordem de Cristo. Chancelaria das Ordens Honorificas da Presidência da Republica</td></tr>
</tbody></table>
<br />
O nosso desconhecimento e consequente falta de respeito pela nossa própria herança histórico-cultural, traduz-se inclusivamente no desconhecimento e constante incorrecção de que somos alvo por parte do olhar académico estrangeiro. Isso entristece, porque a todo o momento se vê enaltecer os feitos dos outros por todo lado, mas dos nossos feitos e heróis ninguém se parece lembrar. A razão dessa atitude começa cá dentro...</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Não é, de todo, a legitimidade de D.
Filipe, ou de seu filho e neto que está em causa, o caminho poderia
ter sido outro, mas não foi. O que se discute aqui é o simples
facto do símbolo em si. Se a ideia é que faça algum sentido que
tenha algum significado, porque as pessoas rapidamente o reconhecem e
com ele se identificam e assim o parece, por isso é e foi escolhido,
então deveriamos estar perante aquele que orna os monumentos
nacionais ainda hoje, aquele que um dia se enfunou com o vento
favorável nas velas de um punhado de pequenas embarcações de madeira que
cruzaram oceanos ou, aquele mesmo que estava inserido nas vestes dos cavaleiros e
escudeiros desta Ordem que durante mais de dois séculos e meio
estiveram ao serviço do país.</div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
É com esse que eu me identifico.</div>
O Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5125762473862206715.post-87674624259496512382012-10-19T04:52:00.000-07:002012-10-19T04:52:42.100-07:00cogito ergo sum<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDAce5Ym6cZuNGqMICiNZicqOdJzF3RD7NyMr5vmH2lk3w6nRahzlUfVoGITuL7dYac_pOh1m-939oDdpGv24aI6wO4IQ5aL596NYUnRfIRjGMfRxBbF6i1IC4NwzxLcgOpOyaTpzx9i16/s1600/Blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDAce5Ym6cZuNGqMICiNZicqOdJzF3RD7NyMr5vmH2lk3w6nRahzlUfVoGITuL7dYac_pOh1m-939oDdpGv24aI6wO4IQ5aL596NYUnRfIRjGMfRxBbF6i1IC4NwzxLcgOpOyaTpzx9i16/s320/Blog.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center">
</div>
<h2 align="center">
</h2>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Que
somos governados por um bando de incompetentes, corruptos, seres
inaptos e completamente nulos culturalmente, que nem arte tiveram na
sua maioria para conseguir uma formação académica sem recorrer a
esquemas e compadrios, já todos nós sabemos, ou pelo menos
deveriamos ter uma ideia.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic;"></span> </div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Mas
lá está, não é novidade. É assim desde o final da década de 70
do século passado, mais, até me arriscaria a dizer que é assim,
desde o famoso 25 de Abril de 1974. </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Qual
é a grande diferença então?! O dinheiro. O malfadado e tão
imprescíndivel tostão que nos permite tocar a nossa vidinha para a
frente, não passar fome, ter aquela falsa sensação de conforto e
no caso de alguns ter uma vida boa com recurso aos grandes avanços
tecnológicos da nossa era. Pois é, até aos últimos anos, ninguém,
ou para ser mais correcto muito poucos, se preocuparam com o que a
“nossa” classe política de mentecaptos andava a fazer, e
deram-lhe rédea solta, carta branca, um chequezito assinado em
branco em cada eleição... Pois, pensavam que era um boletim de
voto, não, não, era um enorme cheque colectivo, assinadito em
branco por todos nós e que a dita da classe politico-poucochinha,
aproveitou da melhor maneira, e foi como dizia o cronista, á muito,
muito tempo, “fartar vilanagem”... Mas aí poucos se importaram,
havia aumentos/actualizações de salários todos os anos, horas
extraordinárias em barda, subsídios para toda a gente, lugares na
função pública para irmãos e irmãs, primos, tios e sobrinhos,
havia ainda o Néné, o Figo e o Rui Costa <i><b>(hoje temos o
Cristiano e anda triste)</b></i>, o Euro, os estádios, as
autoestradas, as Capitais da Cultura e as Expos, universidades para
todos, carros, casas, créditos e telemóveis em abundância, que
começavam no analfabeto da aldeia perdida na Beira e acabavam no
cirurgião de renome internacional com consultório na Av. da
Liberdade em Lisboa. Foram anos e anos de um facilismo podre, um
conto de fadas enganador, os bancos davam tudo, tudo era virado para
o consumo, para a massificação. E os ladrões a meter ao bolso,
PPP's, concessões a amigos, fraudes no mercado imobiliário,
privatizações... Quer se goste quer não, este é o Portugal dos
últimos 35 anos. Quer se goste quer não, todos, por inércia,
estupidez, falta de educação política, cívica e democrática
permitimos que isto que se vê hoje, que isto que tanta indignação
causa hoje, chegasse ao que chegou. E permitimo-lo com o real
traseiro sentado na poltrona a assistir de camarote!</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic;"></span> </div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Não
é desculpa para o que estes atrasados mentais que nos governam estão
a fazer ao país, pois não, o povo podia ter sido na mesma ignorante
e estúpido e ter tido a sorte de apanhar políticos honestos... mas
isso raramente acontece, porque a classe política, é de um modo
geral o espelho do seu povo. Mas o interessante é ver que esta
história do espelho já não interessa tanto falar-se dela, acho que
fere algumas susceptibilidades <i><b>(é só um feeling que eu
tenho)</b></i>... será consciência pesada! Será por toda a gente
saber de um modo geral que o outro que está ao nosso lado tenta
fugir aos impostos sempre que pode; será que temos plena consciência
que temos de facto um grave problema de produtividade, porque muita
gente passa um terço do seu dia de trabalho em ocupações que
digamos, não está a ser paga para as fazer; ou ainda a velha
questão das cunhas, compadrios e luvas, que todos sabemos que
acontecem por todo lado, mas que quando nos toca a nós, rapidamente
esquecemos o quão obscena nos parece a ideia para abraçarmos a
causa com todas as nossas forças, mesmo que isso lixe <b>(com F
grande)</b> a bom lixar, o tipo que esteve no concurso ao nosso lado
e que só por acaso é vinte vezes melhor e mais competente que
nós...</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic;"></span> </div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Pois
é... espero ao menos que tenham consciência que por essas ruas e
praças por onde se espraiam as manifestações, legitimamente
indignadas, toda esta dura realidade que acabo de esplanar está lá
de braço dado, punho erguido, cartaz cheio de piadolas sentidas e
duras, verdadeiras, críticas aos nossos governantes, a desfilar , a
sentir-se única, poderosa, invencível... e eu acho muito bem que
assim seja, desde que exista lá no meio a tal consciência! <i><b>(mas
tenho as minhas dúvidas)</b></i></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<strong><em><span style="font-family: Malgun Gothic;"></span></em></strong> </div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">NÃO
HÁ ALMOÇOS DE BORLA, já o dizia alguém, de um modo ou de outro
eles vão ter de ser pagos, e normalmente a factura vem quando dói
mais <i><b>(além de que costuma ser por trás)</b></i>. A entrada
para a moeda única teve um preço, alguém se lembrou na altura de
perguntar quanto é que ia custar a “lagosta suada” que durante
estes anos andamos a comer? Não me lembro de ter visto manifestações
na rua, quando os patriarcas da democracia deste país traçaram o
rumo e o nosso destino ao longo das últimas décadas em políticas
europeias de agricultura, pescas, industrias de produção e
transformação perfeitamente ignóbeis e destruidoras?! O
facilitismo, o chico-espertismo, o que se lixe, recebo o meu ao final
do mês, tenho a minha vidinha feita, eles que façam o que quiserem
com o (meu) dinheiro dos impostos. Aliás, penso que não andarei
muito longe da verdade, infelizmente, se disser que provavelmente
poucas pessoas têm consciência de que o dinheirito que os políticos
utilizam no dia a dia provém de todos nós! Pois só assim consigo
perceber aquilo que é, aquilo que foi, o alheamento das pessoas em
relação á vida política. Só assim consigo ter um laivo de
desculpa para o que têm sido os episódios de exercício democrático
neste país, em que serão mais as semelhanças com o mercado
municipal ás Quartas do que com um regime de governação sério.
Durante a nossa existência democrática o que se fez foi votar em
quem dava mais, em quem prometia mais, até em quem tinha mais sex
apeal, tal como nas bancas dos ciganos das praças e mercados,
escolhemos aquele que tem mais lábia, o que fala melhor, aquele que
tem os preços mais baixos, mesmo que se saiba que a mercadoria é
roubada, que existem empresas que dão postos de trabalho que são
lesadas com isso, mas mesmo assim, a clientela fiel lá está. O
nosso sistema democrático é assim, na sua mais perfeita
caricatura... anedótico!</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic;"></span> </div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Tão
anedótico que recentemente tivemos o caso da substituição da frota
automóvel da bancada parlamentar do PS, onde um tipo de nome
Zorrinho <b>(acho hilariante)</b>, diz básicamente <b>(versão livre
e traduzida!)</b> - meus amigos se querem democracia, têm de arcar
com os custos. Democracia é isto, eu ter motorista e andar de Audi,
porque não vão querer que ande de Clio... É preciso dizer mais
alguma coisa... pois, também achei que não!</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic;"></span> </div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Resumindo
toda a gente sabe que os políticos são corruptos, toda a gente sabe
que eles nos roubam, mas nada se faz, esperamos as licitações
democráticas, escolhemos o meio termo entre as promessas de tirar
menos e as mentiras de dar umas migalhas, e democraticamente elegemos
as nossas cores... nada se faz, excepto, quando nos vão aos bolsos.
Quando mexem no nosso sacrosanto ganha pão, nesse deus mundial do
trabalho e da (in)justa remuneração do oprimido trabalhador pelo
patronato malvado <i><b>(Marx estaria orgulhoso)</b></i>, aí pára
tudo! Alto e pára a feira... </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Ele
são os movimentos cívicos <i><b>(acho que agora está na moda dizer
apartidários, mas depois os cromos do costume andam lá na mesma a
mandar umas bocas)</b></i>; ele é a esquerda toda de bandeira
vermelha e t-shirt Che Guevara, que a maior parte da miudagem <i><b>(aquela
que milita nos J's e grita alto Fascismo nunca mais 25/4 sempre, em
que a coisa mais inteligente que alguma vez pensaram foi na diferença
entre a Super Bock e a Sagres numa noite de sábado no Bairro e alto
lá...)</b></i> pensa que era um tipo porreiro (pá) que aparece
numas fotos a fumar uns charutos e que devia ser hippie e ter uma
plantação de algo ilegal que dava altas “mocas”; uma infinidade
de gente indignada, com razão, mas que só o é porque de repente,
sentiram o chão a fugir debaixo dos pés, que é como quem diz viram
um Coelho a ir ao fundo dos seus bolsos e rapar pouco que restava. </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Não,
infelizmente não houve uma mudança em Portugal, se as imposições,
a tal factura, dos tais almoços que andámos a comer de borla (os de
lagosta para alguns), que falava lá atrás, durante a últimas
décadas, não tivesse chegado, tudo estaria igual ao de sempre. Mas
agora há coisas a pagar, coisas que não podemos pagar e como os
políticos são iguais aos chico-espertos que os elegeram, estão a
fugir e a carregar de impostos e taxas naqueles que andaram iludidos
durante todo este tempo. Então saímos para a rua e de repente o
engraçado sr. Coelho, que á um ano e pouco foi heroica e
democraticamente eleito esta prestes a virar coelho frito, e o sr.
velhinho simpático que come bolo rei de boca aberta e diz que é
presidente, também está pronto para o linchamento... E eu confesso
que iria apreciar a coisa, se na mesma leva de fusilamentos
franquistas, fossem os Soares e Sampaios, Socrates e Guterres, Louçãs
e Jerónimos, Freitas e Portas e o resto da camarilha mafiosa. Mas
depois penso, se assim fosse, será que 60% da população portuguesa
se ia entregar voluntariamente para serem abatidos numa qualquer
praça de touros. É que na minha maneira de ver as coisas, tão
culpado é o que rouba, como o que manda roubar, como o que acendeu
os holofotes, desenrolou o tapete vermelho e se sentou a ver o
espectáculo...</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic;"></span> </div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">É
que estes bandidos estão a roubar-me, mas “eu”<i><b>(um eu muito
magestático entenda-se)</b></i>, além de os ter escolhido para me
assaltar ainda me estive a lixar para o que esses gatunos andaram a
fazer com o meu dinheiro ao longo de décadas. Agora que me foram ao
dito, assim mais á bruta, qual é a minha moral para lhes chamar
ladrões?!</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic;"></span> </div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Dizem
– Portugal mudou depois do dia 15 de Setembro de 2012 – e eu
penso, não sejam estúpidos por favor... ou então pelo menos não
insultem a inteligência de quem usa a cabeça para um pouco mais que
futebol, telenovelas e casa dos segredos. Nada mudou, apenas houve
uma reacção a um conjunto de medidas idiotas, que conseguiu
arrancar as pessoas á sua tradicional letargia cívica. Se amanhã
este governo cair e o chupista do Seguro vier prometer mundos e
fundos <i><b>(que não tem, nem pode)</b></i>, o pessoal, aquele
mesmo que mudou no passado dia 15, vai tudo a correr passar o tal
cheque em branco, desculpem, por a cruz no boletim e elege-lo com
mais de 30% dos votos... </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Malgun Gothic, sans-serif;">Porque
para que os políticos mudem, é preciso que primeiro mudem as
pessoas, que evoluam, que se cultivem, que cresçam civicamente e
olhem á volta com olhos de ver, para perceberem que se remarem para
o mesmo lado conscientes das escolhas que fazem talvez cheguem a
algum lado. Mas isso é uma mudança que demora mais do que por as
contas do país na ordem, é uma mudança de mentalidades!</span></div>
<div align="justify">
</div>
O Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5125762473862206715.post-41481449600467721002012-08-11T09:57:00.000-07:002012-08-11T11:13:39.379-07:00sanctum sanctorum?!<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT5hUgmKMONAV4kU8Gqv3jEEDDg_gWUZ0_VoW4mmr3G-6KmcUvx2g5Qt5W7NhrnCbqRggBH-5N0teYxvqH-7hdWCHZmTUy3ZNeNb_SyUDd3DnfwWENBSp8_As4qecvLJfymiH3QDJuT4AO/s1600/S.+Greg%C3%B3rio+Tomar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT5hUgmKMONAV4kU8Gqv3jEEDDg_gWUZ0_VoW4mmr3G-6KmcUvx2g5Qt5W7NhrnCbqRggBH-5N0teYxvqH-7hdWCHZmTUy3ZNeNb_SyUDd3DnfwWENBSp8_As4qecvLJfymiH3QDJuT4AO/s320/S.+Greg%C3%B3rio+Tomar.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Que existem coisas estranhas, todos
nós sabemos. Que em Portugal pouco ou nada se liga à cultura e ao
património também não é novidade, mas existem limites... ou pelo
menos assim o pensava eu...</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
No centro da cidade de Tomar, junto ao
parque da cidade, ao rio Nabão e a uma grande unidade hoteleira, no
largo Cândido dos Reis, existe uma pequena ermida (ou capela) consagrada a S.
Gregório Nazianzeno (um dos santos doutores da Santa Madre Igreja, que viveu no século IV e
“provou” a divindade de Jesus).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Esta ermida, quinhentista, de planta
octogonal, circundada por uma galilé em semi-circulo e com um
interessante, embora modesto, portal manuelino, encontra-se como
milhares de outras pelo país fora, de portas fechadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
O pequeno templo nada tem de especial,
uma arquitectura curiosa mas não única, um interior despido, com
excepção da imagem de S. Gregório no altar e de uns painéis de
azulejos do século XVIII que até são originários do antigo
Convento das Trinas de Lisboa.
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Por curiosidade apenas, tentei saber se
haveria possibilidade de entrar na ermida. E havia!</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Ali perto existem uns sanitários
públicos que têm um funcionário camarário lá destacado, que além
de zelar por esse seu posto, é o fiel guardião das chaves da Ermida
de S. Gregório... é esta a informação que é fornecida, até
mesmo na internet.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Percebe-se... estamos perante uma
racional gestão de recursos humanos. Mas pergunto-me, não poderia
estar o funcionário destacado na ermida com as chaves dos sanitários
públicos em vez do contrário. Não sei, mas parece-me a mim que a
imagem que se transmite, até para o turista, seria mais correcta
desta forma... mais lógica. Vergamos as “necessidades” ao
património, à cultura e não o inverso.
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Se neste caso que agora ilustro, a
importância não será gritante, já noutros não será bem assim.
Por este país fora muitos monumentos, alguns deles de cariz único
no nosso país e mesmo na Europa, encontram-se em circunstâncias
análogas. Ou seja o mau é que do caricato ou da excepção se faça
regra... mas normalmente por cá é isso que temos!</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>O Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5125762473862206715.post-56584490846203180552012-07-27T15:06:00.001-07:002012-07-28T08:07:20.974-07:00hic et nunc<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX82n7VbFibIqgsBARwh6djU99b0T-FCb5M31pyrL8N-Dh0ZOZLNmIRstNQBm0YIMSNEkrfs-tx5OTXF8FknIlcIzoS1AlUT4ubaJE4OAk6aAIaTthyBvkeqPlSKak2r2iyG50-ZEbG-9k/s1600/Tony+Judt.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX82n7VbFibIqgsBARwh6djU99b0T-FCb5M31pyrL8N-Dh0ZOZLNmIRstNQBm0YIMSNEkrfs-tx5OTXF8FknIlcIzoS1AlUT4ubaJE4OAk6aAIaTthyBvkeqPlSKak2r2iyG50-ZEbG-9k/s320/Tony+Judt.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Deixando o politicamente correcto de parte, para fugir à hipocrisia, existem pessoas que nada fazem neste mundo, mas que por cá perduram ad aeternum, enquanto outras partem cedo demais. O autor destas obras é um desses casos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tony Judt (1948-2010), nasceu em Londres, foi historiador, ensaísta e professor universitário em Inglaterra e nos Estados Unidos; sionista marxista na década de 60, marxista na de 70, em idade mais madura considerava-se a si mesmo e nas suas próprias palavras como um " universalist social democrat" e assim continuou até ao final dos seus dias. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Admirador convicto das sociais democracias do norte da Europa, defensor da tese de país único para a questão entre Israel (cujo estado considerava um anacronismo) e a Palestina, critico acérrimo do capitalismo desenfreado e um defensor do estado social saído da Segunda Guerra Mundial mas devidamente adaptado aos nossos dias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Descobri este insigne autor nas minhas deambulações pelas estantes de história da livraria. Foi amor á primeira vista. Comecei por folhear o "Um tratado sobre os nossos actuais descontentamentos" e acabei a devorá-lo avidamente. Uma análise crítica, com substância, baseada na história e numa leitura fundamentada do que se passa á nossa volta, sem os chavões e a verborreia balofa a que os indignados desta Europa nos têm habituado. Onde notamos o cuidado de explicar o porquê de falharem os modelos, os erros atrás de erros que se foram cometendo e aquilo que, ainda se pode fazer para minorar os estragos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> De seguida atirei-me ao "Pós-Guerra" e ao "O Século XX Esquecido". Se no primeiro fazemos uma viagem, intensa, que vai esmiuçando os anos do pós Segunda Guerra Mundial. Onde por entre os escombros de uma Europa arrasada, o autor nos vai guiando pelos caminhos da reconstrução de mãos dadas com os obreiros da mesma, em direcção ao mundo em que vivemos; já "O Século XX Esquecido" é um enorme alerta, que esperemos não premunitório, para o que nos espera. Neste brilhante ensaio histórico, Judt lembra-nos, ou melhor tentar relembrar-nos que a história existe para recordar e ensinar ao homem o seu passado, o que de heróico e inovador existiu, mas também, e especialmente, o que de pior se passou, pois é exactamente esta parte que temos tendência a colectivamente esquecer. A partir de finais da década de 80, inícios da de 90, com a mudança de paradigma da URSS, com a ténue e envergonhada abertura da China ao mundo ocidental, com as crises petrolíferas ultrapassadas e o mundo a todo o vapor a caminho da era dourada do capitalismo o futuro só poderia ser esplendoroso. Por isso para quê pensar, estudar, ter em conta os exemplos do passado recente, para quê ensinar aos vindouros sobre a barbárie desses primeiros 50 anos... não... isso nunca se voltará a repetir!!! Nas vésperas da Primeira Grande Guerra, por toda a Europa se vivia uma «belle epoque» sem precedentes, o que se passou depois todos nós conhecemos e é bom que não o esqueçamos, pois isso, só por si, não garantirá que não se vai repetir, mas já será uma boa ajuda. O século XX, tal como a Europa do século XIX ou XVI, o Império Romano, ou mesmo as Cidades Estados gregas ainda nos podem ensinar muito. Deles podemos retirar úteis lições para sabermos lidar com o presente e preparar o futuro, pois, por mais educação, higiene, saúde ou inovação que exista, a única e principal constante da nossa história é e será o Homem. Os seus instintos, e a sua natureza podem evoluir mas dificilmente mudarão...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Posteriormente, desfrutei da leitura do "Chalet da Memória", um livro mais intimista, onde através da reunião de vários textos avulsos, que não foram escritos a pensar na publicação ficamos a conhecer mais o homem que está na origem do historiador. Não resisto a fazer especial referência ao primeiro escrito deste ensaio, onde Judt nos explica o porquê de chalet da memória (em vez de palácio da memória), como técnica mnemónica, durante as longas noites sem dormir a que era votado, devido à doença que o vitimou<span style="color: black;"> <span style="color: white;">(esclerose lateral amiotrófica)</span>.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Há poucas semanas degustei o pequeníssimo ensaio "Uma Grande Ilusão? Um Ensaio sobre a Europa", recém editado pelas Edições 70, aliás como o resto da obra, que apesar de escrito em 1996, está, infelizmente, tão actual como se tivesse sido escrito ontem, o que é bem revelador da qualidade e capacidade de análise deste senhor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Não será porventura linear a sua leitura para toda gente, devido essencialmente à quantidade de informação que é cruzada ao longo das páginas das suas obras, mas para quem tenha o interesse e a paciência é seguro que não sairá arrependido. Judt oferece-nos uma visão magistral da Europa e do mundo em que vivemos e do mundo para onde caminhamos, sempre com o nosso passado recente como referência e ponto de partida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Termino com uma pequena frase retirada de uma das últimas entrevistas que concedeu, poucas semanas antes de falecer - "I see myself as first and above all a teacher of history; next a writer of European history; next a commentator on European affairs; next a public intellectual voice within the American Left; and only then an occasional, opportunistic participant in the pained American discussion of the Jewish matter . . ."</span></div>O Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5125762473862206715.post-80107170508209520162012-07-20T11:17:00.000-07:002012-07-20T11:21:56.843-07:00ab initio<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Y5kZCNmXJ7fxyqiwIZuvhN3a9ioP4FLC_bONMBOnGBXbUa2ktFuCpch8Lthag2FGdmGfvWUPBH0tpui63xXjwtq4tbKPCItz_5UjCJUHKcpUdI94A3wDydbAZ9Rhl33iLvXFTpajq2Vt/s1600/Bibliotecas.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Y5kZCNmXJ7fxyqiwIZuvhN3a9ioP4FLC_bONMBOnGBXbUa2ktFuCpch8Lthag2FGdmGfvWUPBH0tpui63xXjwtq4tbKPCItz_5UjCJUHKcpUdI94A3wDydbAZ9Rhl33iLvXFTpajq2Vt/s400/Bibliotecas.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Não tendo muito jeito para apresentações, não poderia deixar de, em jeito introdutório, começar por de algum modo traçar em poucas linhas o que por aqui se verá escrito noutras tantas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Veremos livros, muitos livros, História até não podermos mais, alguma actualidade reflectida (ou simplesmente improvisada) e mais qualquer coisa que apareça e tenha o mínimo de interesse.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Quem de amores e paixões sofre, mais tarde ou mais cedo, não conseguindo contê-los em si, acaba por gritá-los ao mundo. pois bem, este é o meu grito!</span></div>O Condestávelhttp://www.blogger.com/profile/04613106007521292458noreply@blogger.com1